quinta-feira, 3 de abril de 2014


Ações didáticas para ministrar uma disciplina: antes,durante e depois
Para mim, ministrar uma disciplina é algo que exige planejamento. É literalmente para pensar e colocar no papel o passo-a-passo do que será realizado para exista um suporte que possibilite um  aprendizado de qualidade para os alunos.  Considerando meu papel enquanto tutora, acredito ser necessário seguir  as seguintes ações:
ü  Antes do início da disciplina, acredito ser necessário:
·         Compreender qual o objetivo da mesma;
·         Apropriar-se do conteúdo didático disponibilizado;
·         Verificar como será a proposta avaliativa;
·         Conhecer um pouco sobre a turma, perfil dos alunos, expectativas, etc.

ü  Durante a disciplina, acredito ser necessário:
·         Acompanhar constantemente os fóruns, blogs,etc.
·         Verificar diariamente as mensagens e dúvidas que, porventura, os alunos possam ter;
·         Avaliar como está a motivação da turma para a disciplina e avaliar como as estratégias didáticas estão repercutindo nos alunos e, caso não estejam satisfatórias, pensar no que pode ser feito para melhorar;
·         Acompanhar as atividades dos alunos, dando com correções e comentários o mais rápido possível;
·         Acompanhar os alunos com dificuldades e estimulá-los a não desistir do curso

ü  Depois da disciplina, acredito ser necessário:
·         Fazer o fechamento de notas e repassá-las ao professor conteudista;
·         Dar o feedbcak avaliativo aos alunos;
·         Refletir: O que funcionou e o que pode ser melhorado para a próxima turma?
Bem, acredito que de maneira geral é isto. Alguém pensa em algo mais??

  
      Os primeiros passos como docente

Atuar em EAD será algo que nunca irei esquecer, pois foi a minha experiência efetiva enquanto docente. Eu estava no meu último ano do Mestrado e faltavam poucos meses para o término da minha bolsa e, como toda pessoa que recebe bolsa, comecei a ficar angustiada em como iria sobreviver sem dinheiro. Estudar é maravilhoso, mas não paga as contas (rs). Assim, comecei a procurar trabalhos enquanto docente e, em uma bela tarde, recebi um telefonema de um tutor presencial perguntando: Boa tarde, quem fala é a professora Rebeca? Eu nunca havia sido chamada de professora antes e, confesso que ali, naquele instante, senti-me maravilhada de escutar aquela profissão associada ao meu nome, senti a importância e o peso de ser professora na nossa sociedade. Bateu um frio na barriga, mas, ao mesmo tempo, veio a coragem de enfrentar o desafio e que desafio foi, pois me foram oferecidas duas disciplinas para trabalhar simultaneamente! Juntei coragem e topei o desafio. Nunca vou esquecer meu frio na barriga, o local da sala, o som dos grilos cantando naquela cidade de interior...e o olhar dos alunos, principalmente o olhar dos alunos para mim: sua professora. Fiquei com receio que não fosse “dar conta do recado”, que não saberia me expressar, que não saberia responder suas perguntas. No entanto, com o decorrer da aula, fui vendo que eu conseguia responder suas perguntas, que eles entendiam o que eu dizia e que eu adorava estar em sala de aula. Então, naquele momento, apesar dos medos, dúvidas e inseguranças, eu me decidi: é isso que quero fazer da minha vida! E hoje, após 3 anos, esse bem-estar e vontade de estar em sala de aula continuam presentes, o que me alegra bastante, pois encontrei algo para fazer com amor.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A Aprendizagem colaborativa na prática: A Escola Vila






 Ano passado estive na Escola Vila (Fortaleza,Ceará) em visita como meus alunos de Graduação em Psicologia. Queria mostra-los uma Escola que é conhecida por ser “diferente” das tradicionais. Para mim, a Vila é um exemplo de escola que utiliza a Aprendizagem colaborativa, na qual os alunos e os professores estão em constante diálogo  e interação em diferentes espaços, vendo matérias que, muitas vezes, são vistas como “dispensáveis” por aqueles que tem a mentalidade voltada para o vestibular, tais como teatro, música, marcenaria, etc....Lembro que uma das coisas que mais chamou minha atenção foi a forma de avaliação adotada por eles, pois os alunos também dão notas para os seus colegas de classe. Não é interessante?? Acho que tem tudo haver com a co-responsabilidade que todos os membros de um grupo possuem pela aprendizagem uns dos outros, princípio da Aprendizagem colaborativa. Segue o link da Vila para quem tiver interesse de conhecer mais sobre essa Escola: http://www.escolavila.com.br/ . Vale a pena conhecer!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Professores X Alunos na Aprendizagem colaborativa



E como ficam as relações entre os alunos e professores na Aprendizagem colaborativa?Em um processo de aprendizagem colaborativa, todos são “professores”. Isto quer dizer que as relações de hierarquia verticalizadas são rompidas em prol de uma relação horizontal na qual todos estão dispostos a compartilhar conhecimentos e aprender uns com ou outros, por isso Sá e Sobrinho apontam (texto “Aprendizagem colaborativa assistida por computador- cscl: primeiros olhares”) que neste modelo o “professor agora também recebe informações, bem como o aluno pode ser professor de seus companheiros”. 
 
 Você deve estar se perguntando: então, para que professor? O professor serve como um condutor, um orientador do processo, mostrando os melhores caminhos por onde dar. Há alguns meses atrás, vi diversas discussões nas redes sociais acerca do “término” da profissão de professor, pois a tecnologia os substituiria. Bem, na minha percepção, isto não é possível pois a tecnologia em si, sozinha, não promove aprendizagem, em verdade, conforme pontuam os referidos autores, a interação professor/ tecnologia/ aluno continua sendo a responsável pelo bom desempenho do processo.

Reflexões sobre a Aprendizagem Colaborativa na web......




  A ideia de uma educação onde a “interação” e o “engajamento mútuo” (Pilares da Educação Colaborativa, conforme Dillenbourg, 1999) em contraposição bancária muito me alegra, pois eu nunca fui uma aluna do “estilo bancário”. Sempre tive um espírito questionador e indagador e muito me lamentava o fato de não ter espaço para expor minhas ideias acerca do que eu lia sobre o mundo.  Neste sentido, sou bastante freiriana pois acredito que cada pessoa pode aprender desde que lhe sejam oferecidas condições favoráveis para tal. Sá e Sobrinho apontam (texto “Aprendizagem colaborativa assistida por computador- cscl: primeiros olhares”) que na aprendizagem colaborativa, o conhecimento é visto como um constructo social, no qual “cada membro do grupo é responsável pela sua aprendizagem e pela dos outros elementos, promovendo uma rede de interações sociais em que professores e alunos são envolvidos para a construção de um objetivo comum, no qual a colaboração ativa e a avaliação de todos são essenciais”. 



Interação e comunicação, para mim, são a chave de um aprendizado mais rico, refletivo e conectado com a realidade do aprendiz, o que torna a aquisição de conhecimento não uma obrigação, mas sim um prazer!! O interessante a pontuar é que esta lógica também pode ser adotada nas metodologias online que utiliza recursos de informática para mediar estas relações, tentando torna-las mais interativas com o intuito de romper com a lógica depositária do ensino bancário. Esta visão acerca da aprendizagem online muito me alegra, pois um dos meus medos era que, devido à “ausência” dos encontros presencias, a interação e a troca de ideias se perdesse....